Sem pegadinha: dicas para comprar um imóvel com segurança

13 Maio 2021 | Atualizado em 11 Outubro 2022
Por Bárbara Schroeder

mãos segurando a chave de um imóvel - ilustração

A compra de imóvel, seja para investir ou para moradia própria, é um dos passos mais importantes da vida. Essa tarefa pode ser complicada quando não há experiência prévia, pois envolve diversas etapas que merecem atenção do comprador. A gente sabe que quando você embarca na jornada de comprar um apartamento sozinho, podem surgir algumas inseguranças!

Por isso, a seguir você confere seis dicas de ouro para iniciar esse processo com o pé direito!

1- Pesquise sobre o bairro e a vizinhança do imóvel

Na hora de iniciar as buscas pelo seu novo imóvel, é imprescindível atentar-se à localização do imóvel e à vizinhança, e não somente à residência. É importante ter sempre em mente durante o processo qual será a finalidade do imóvel: morar ou investir.

Isso porque, se a sua opção for residir, deve-se levar em consideração as características principais do bairro, como a proximidade do centro da cidade, a presença de mercados, escolas, creches, hospitais, comércios no geral, se é um um local mais tranquilo ou um movimentado e, claro, se todos esses requisitos fazem sentido de você a curto e também a longo prazo. Para isso, leve em consideração seus planos de vida num período mais curto, mas não deixe de avaliar o seu planejamento futuro.

Caso sua escolha seja a compra de imóvel para investir, é fundamental ter em mente alguns fatores como o de valorização do imóvel e, também a renda de aluguel. A pode ser maior ou menor a depender de alguns fatores, como a quantidade de áreas livres na região, o desenvolvimento urbano e também os pontos de referência instalados no local. Por isso, analisar o potencial de valorização da região é crucial!

Uma outra dica para escolher o melhor bairro para sua necessidade é conferir o local de perto. Muitas vezes, apenas a descrição pode não passar a imagem mais real do ambiente e é por isso que é recomendável visitar a vizinhança para saber sobre a movimentação e segurança do local, proximidade com comércios e serviços e peculiaridades do bairro.

2- Conheça todos os custos envolvidos na compra

Se você está navegando nessas águas pela primeira vez, é preciso entender que além do valor do bem há outros os custos envolvidos na compra de um imóvel. Ou seja, esses valores vão além do preço que você vê nos anúncios.  

Entre esses encargos mais comuns estão os custos com documentação do imóvel no cartório, impostos, como o  ITBI - que compõe o valor cobrado para passar o imóvel para o seu nome, além de custos de financiamento (se houver) e mudança. 

Destrinchando algumas dessas taxas, o imposto sobre a transmissão do imóvel, ITBI, é uma taxa de arrecadação municipal e fica entre 2% e 5% do bem imobiliário. Além disso, o valor do registro do imóvel, que contempla a emissão da escritura pública e matrícula, pode chegar a 5% do valor do imóvel.

Para além das documentações, há, também, a preocupação sobre o meio de pagamento escolhido. Isso porque, se a opção desejada for o financiamento imobiliário, você deve levar em conta as taxas e a quantidade de parcelas que se encaixam melhor para você. Os juros variam de acordo com a instituição financeira em questão e também com o valor financiado, que, normalmente, representa 80% do valor total do imóvel.

Outra dica é se preparar para o valor necessário para dar entrada no apartamento, que faz toda a diferença na hora de negociar as taxas e o período de pagamento estipulado pelas parcelas.

3- Faça uma boa visita ao imóvel

Quando a lista de imóveis de interesse já está pronta, é hora de visitá-los. Assim como citado na dica de número um, é importante ver com atenção também a vizinhança do imóvel e sempre ter em mente quais são suas prioridades pessoais.

Caso em suas opções esteja um imóvel usado, o estado de conservação deve ser bastante examinado. Para realizar a avaliação é importante voltar a atenção a alguns detalhes como trincas e rachaduras, presença de mofos, funcionamento de chuveiros e torneiras, além de testar a rede elétrica.

Uma dica extra é avaliar a posição solar do imóvel, ou seja, em qual horário o espaço recebe luz solar de forma direta. Isso influencia no conforto térmico dos ambientes.

Para os imóveis novos as dicas acima também são válidas, mas, devido ao pouco uso, é mais interessante se atentar ao padrão de qualidade da construtora. Há também para os imóveis novos a garantia residencial para defeitos não aparentes, que varia entre três meses e cinco anos. Além disso, também pode ser interessante conversar com vizinhos, caso haja, para avaliar a acústica, funcionamento dos serviços condominiais dentre outros.

4- Confira os documentos do proprietário e do imóvel escolhido com atenção

Ninguém quer uma surpresa desagrádavel no meio do processo de negociação final, certo? 

Para isso, é fundamental realizar uma pesquisa documental sobre o imóvel e, também, sobre o proprietário. Isso porque o imóvel em questão tem chances de estar envolvido em processos de alienação, por exemplo, ou, o proprietário pode ter pendências com a justiça e, consequentemente, com a residência, fazendo com que no futuro você possa passar por problemas judiciais e até mesmo perder o imóvel.

A nossa dica é que você confira, antes de dar início ao processo, a documentação necessária para a compra de imóvel:

  • Certidão do Cartório de Protesto; 
  • Certidão Cível e Criminal;
  • Certidão Trabalhista;
  • Certidão Negativa Justiça Federal; 
  • Certidão de Regularidade Fiscal.
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5- Não tome nenhuma decisão pressionado por corretores de imóveis

A gente sabe o quanto os corretores de imóveis tradicionais costumam usar da persuasão para te apressar para fechar o negócio. Afinal, quanto mais rápido você fechar, antes eles recebem a taxa de corretagem. Além disso, existem outros tipos de pressão que podem influenciar na hora de investir em uma residência, como a imposição de outros em ter um imóvel próprio.


Para que você não cometa o erro de ceder a pressão, tenha em mente quais são suas prioridades de vida a curto e longo prazo: se pretende sair da cidade ou do país, se está mudando de emprego, se vai aumentar a família, dentre outros. Dependendo dos seus planos, a opção mais viável pode ser o aluguel de um imóvel.

Quem indica, amigo é:

Para entender melhor se vale mais a pena comprar ou alugar um imóvel, confira o conteúdo completo que preparamos para você!

Já para quem quer começar a investir no mercado imobiliário, o perigo está na pressa de realizar o investimento para aproveitar o aquecimento das ofertas. Antes de adquirir qualquer imóvel, é necessário pesquisar de forma mais aprofundada sobre a área, sobre o mercado em si, como, também, sobre o imóvel desejado. Essa avaliação pode demorar um pouco, mas garante maior segurança no investimento e no retorno.

6 - Inicie a busca por crédito imobiliário o quanto antes

Um dos principais erros cometidos na hora de assinar o contrato é não se planejar e deixar a burocracia de aprovação de crédito para a última hora. Então, caso sua opção de pagamento seja o financiamento imobiliário, procure qual é a melhor instituição e suas respectivas condições de pagamentos, prazos e taxas, o quanto antes. Isso porque, em média, o processo de avaliação demora até 40 dias.

Além disso, o banco também pode negar o crédito imobiliário ao futuro comprador e isso, na prática, significa que o processo de pesquisa e avaliação se reinicia do zero, o que, no mercado imobiliário, pode significar a perda da preferência de compra da habitação.

Dica extra: não acredite em anúncios muito atrativos de portais imobiliários

Sabe aquele velho ditado que diz: “quando a esmola é demais o santo desconfia”?

É hora de botá-lo em prática durante a busca pelo seu próximo imóvel. Afinal, é uma prática comum portais como Zap Imóveis manterem anúncios com preços errados em suas plataformas. Isso acontece porque, para eles, quanto mais anúncios melhor, já que o lucro dessas plataformas vêm dos anunciantes.

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